O carnaval de maquete é uma expressão artística única que captura a essência do carnaval tradicional em miniatura. Inspirado nas escolas de samba originais, o desfile das escolas de samba de maquete é uma manifestação carnavalesca competitiva, onde as entidades participantes são denominadas escolas de samba de maquete.
A História das Maquetes
O surgimento do carnaval de maquete remonta a Renato Cabral e William Aniceto Ferreira, os primeiros artistas conhecidos por montarem maquetes carnavalescas. Renato Cabral, inspirado pela concentração da escola de samba Arranco em 1978, criou sua primeira maquete com o intuito de treinar na arte carnavalesca. Sua carreira no carnaval real floresceu, e ele fez sua última maquete em 1984, antes de uma pausa que duraria até 2016. William Ferreira, por sua vez, começou a criar maquetes em 1984, utilizando miniaturas que fazia desde criança. Suas maquetes eram acompanhadas de sambas que ele mesmo compunha e ganharam visibilidade em exposições, atraindo a atenção de mídias como o Jornal O Globo e a Rádio Rio de Janeiro.
A partir de então, mais artistas passaram a se dedicar ao carnaval de maquete, e, nas décadas seguintes, iniciativas para formar ligas competitivas começaram a surgir. Em 13 de maio de 1999, foi fundada a ADESM (Associação das Escolas de Samba de Maquete), e o primeiro desfile competitivo ocorreu em 2000, com a participação de 12 agremiações fundadoras. Este evento foi marcado por homenagens das escolas de maquetes aos 500 anos do Brasil.
Desde 2014, as competições de carnaval de maquete passaram a ser realizadas por meio de transmissões de vídeos dos desfiles pela internet. Embora as maquetes ainda possam ser visitadas em exposições físicas, a transição para o ambiente virtual aumentou a visibilidade do evento, transformando-o em uma manifestação carnavalesca virtual. É importante ressaltar que as escolas de samba de maquete não devem ser confundidas com as escolas de samba virtuais, embora algumas agremiações tenham migrado entre essas categorias.
Mudanças na UESM
Em 2023, a UESM (União das Escolas de Samba de Maquete) passou por uma reestruturação significativa, transformando-se de uma liga de carnaval de maquete em um site de notícias. Essa mudança foi motivada por divergências internas que afetaram a organização da liga. A partir de 2024, a UESM não reconhecerá mais os prêmios das escolas que desfilarem sob sua bandeira, pois a liga não está mais em operação. No entanto, existem várias outras ligas de maquete no Brasil que continuam a promover desfiles deslumbrantes e a valorizar essa forma de arte.
A Dinâmica dos Desfiles
As agremiações são compostas por grupos de artesãos que reproduzem desfiles reais em menor escala, utilizando bonecos que ocupam o lugar dos componentes. As alegorias são construídas em tamanho reduzido, com um mínimo de 15 centímetros. Os quesitos de avaliação seguem os mesmos dos desfiles de Carnaval, exceto pela bateria e samba-enredo: harmonia, enredo, fantasias, alegorias, mestre-sala, porta-bandeira, comissão de frente e evolução. Os últimos três são julgados por meio de animação em stop-motion. Os desfiles são transmitidos pelo site oficial e redes sociais das ligas.
Segundo a UESM, as apresentações devem ser “construídas a partir da utilização de maquetes e bonecos em miniatura que simulam, adaptam e recriam o modelo de desfile das escolas de samba do carnaval real”.
Conclusão
O carnaval de maquete é uma parte essencial da cultura carnavalesca brasileira, representando a criatividade e a paixão de seus participantes. A UESM se compromete a ser um portal de notícias que mantém o público informado sobre tudo que envolve o carnaval de maquete e o carnaval real. Convidamos todos a acompanhar nosso site para ficarem por dentro das novidades e celebrações que fazem parte dessa festa vibrante e cheia de cor.
Marco Antonio da Silva Ferreira
Presidente
UESM (União das Escolas de Samba de Maquete)